venerdì 6 marzo 2009



BITOLA CABEÇA SUPER 8
Resgate do movimento superoitista da Bahia. Cinema de vanguarda na década de 70.
(Premiado como Melhor Documentário no Vitória Cine Vídeo, Melhor Grito no Cine Esquema Novo em Porto Alegre e Melhor Expressão no Festival de Cinema Brasileiro do Rio de Janeiro)
DIREÇÃO: GABRIELA BARRETO
CINEMA MARGINAL E MOVIMENTO SUPEROITISTA
Após um período de retrocesso, há uma retomada no processo de produção a partir de 1967, com a realização de alguns curtas. O curso rápido de cinema da Escola de Sociologia e Política, idealizada por Carlos Athayde e situada à Ladeira da Barra, dá origem ao GIC - Grupo de Iniciação ao Cinema, agrupamento de jovens apreciadores da sétima arte, que se reuniam para o debate em torno da possibilidade de se retomar a feitura de cinema em Salvador. Surge então, Perâmbulo, direção de José Umberto. Logo depois, a eclosão do Ciclo Marginal, em 1969, com Meteorango Kid, o Herói Intergaláctico, de André Luiz Oliveira. O chamado Cinema Marginal, do fim dos anos 60, buscava inspiração na antropofagia de Oswald de Andrade. Tratava-se de absorver a influência estrangeira e responder criativamente. O ciclo segue com Caveira, My Friend, de Álvaro Guimarães, Akpalô, de José Frazão e Deolindo Checcucci, além do inédito e desaparecido A Construção da Morte, de Orlando Senna, até ser substituído pelo curtametragismo da década de 1970 com os filmes na bitola Super-8. Ao longo da década, o Super-8 gerou mais de 200 curta-metragens, sendo que muitos destes circularam nas Jornadas de Cinema organizadas por Guido Araújo a partir de 1973. As Jornadas foram uma vitrine para a produção do filme curto local. A tentativa é fomentar a produção baiana e dar a possibilidade ao público ver as produções. Como ponto de encontro dos realizadores, foi importante não apenas como palco para a exibição dos filmes, mas um fórum para a discussão em torno do filme de curta-metragem e é grande acolhedor dos realizadores na bitola Super-8. Edgard Navarro (Rei do Cagaço, 1977), Pola Ribeiro (A Conversa, 1975) e José Araripe Jr. estão entre os realizadores que se iniciam na prática audiovisual por meio do Super-8. A pequena bitola divide a cena com obras de destaque realizadas em 16mm e 35mm, a exemplo dos curtas O Boca do Inferno, de Agnaldo Siri Azevedo e Comunidade do Maciel, de Tuna Espinheira e do longa-metragem O Anjo Negro, de José Umberto Dias.

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